SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

A hora de união e mobilização

Chegamos a um momento decisivo do ano para a categoria dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo. Se iniciam neste mês de agosto as negociações coletivas de alguns dos principais setores representativos do Sipetrol-SP, que junto com a Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Fepetrol-SP), que é composta por oito sindicatos no Estado e presidida pelo companheiro José Martins dos Santos, do sindicato de Campinas e Região.

As negociações de setembro envolvem nada mais nada menos do que sete setores, que negociam em comissões separadas e têm data-base no mês de setembro. São eles: BR Distribuidora, Sindigás, Ultragaz Capital e Interior, Revendedor Capital e Interior, e Sindilub (Comércio de Lubrificantes).

Em um momento onde a economia brasileira já não cresce em ritmo tão acelerado como nos dois anos anteriores, será preciso muita mobilização dos trabalhadores para não cairmos na conversa dos patrões, que aproveitam momentos como este para negar benefícios e usar a economia como desculpa para não dar aos trabalhadores o aumento que lhes é devido e justo.

A mobilização, portanto, é fundamental. Infelizmente, alguns companheiros caem na ingenuidade de imaginar que pode-se atingir melhorias nas condições salariais e de trabalho sem a união por meio dos sindicatos e federações de trabalhadores. É sempre bom lembrar que ninguém negocia sozinho e, mais do que nunca, a união faz a força.

Apesar de acompanharmos no noticiário, diariamente, notícias a respeito da crise econômica que atinge a Europa e também gera um crescimento menor por aqui, precisamos analisar os dados do nosso setor, isoladamente.

Dados divulgados pelo Dieese, em seu Boletim de Subsídios à Negociação Coletiva, mostram que nossa categoria tem, sim, muito a reivindicar.

Por exemplo, entre setembro de 1995 e setembro de 2012, o salário mínimo cresceu 622% no Brasil, enquanto, no mesmo período, o piso salarial dos trabalhadores no comércio de minérios e derivados de petróleo teve crescimento de apenas 262%. Com isso, o piso, que em 1995 equivalia a 4,11 salários mínimos, hoje corresponde somente a 1,73 salários mínimos. Uma perda e tanto!

Outros dados que serão mostrados nesta edição do Petroluta mostram a importância da mobilização nestas campanhas salariais. O trabalhador deve buscar o que é seu por direito.

Joaquim Miranda Sobrinho, Secretário-Geral do Sipetrol-SP
Por: Joaquim Miranda Sobrinho

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