SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

A importância de elegermos um presidente que defenda o trabalhador e o sindicalismo

Foto: reprodução internet

*Carlos Dionísio de Morais

Esta semana, estudando a história do sindicalismo brasileiro, deparei-me com um importante pronunciamento do saudoso presidente de nosso país, Getúlio Vargas, proferido nos festejos de 1º de Maio de 1951.

Analisando as sábias palavras do nosso então presidente, fica evidenciada a diferença entre os governos de Getúlio e do atual. Enquanto Getúlio valorizava a classe trabalhadora e suas entidades representativas – especialmente os sindicatos de trabalhadores – o que vemos hoje é o  malfadado governo Temer precarizando direitos da massa trabalhadora, ao mesmo tempo em que, mancomunado com políticos retrógrados e conservadores, arquiteta o desmonte da estrutura sindical brasileira.

Dizia Getúlio na comemoração do Dia do Trabalho em 1951: “Preciso de vós, trabalhadores do Brasil. Preciso da vossa união; preciso que vos organizeis solidamente em sindicatos”. Quanta diferença! O próprio presidente, tendo a humildade de considerar o qual os sindicatos são importantes para a organização social, a ponto de conclamar os trabalhadores brasileiros a estarem sempre ao lado de suas entidades representativas: “Trabalhadores, uni-vos  todos nos vossos sindicatos. O sindicato é a vossa arma de luta, a vossa fortaleza defensiva, o vosso instrumento de ação política”.

Exatamente por isso que os atuais algozes dos trabalhadores – boa parte de nossa classe política encastelada no congresso nacional e no governo federal – impuseram à nação uma perversa lei trabalhista.

Bons tempos em que o presidente Getúlio augurava para a nossa pátria a época venturosa em que os sindicatos de trabalhadores não seriam apenas instrumentos de ação política e de defesa profissional, mas também teriam a sua clínica para atender à saúde dos seus associados, as suas cooperativas para vender gêneros e mercadorias a preço de custo, escolas para elevar o nível das massas, departamentos jurídicos para defender direitos dos trabalhadores. Uma grande gama de benefícios, exatamente como o nosso Sindicato oferece hoje aos comerciários, seus familiares e dependentes.

O então presidente brasileiro defendia a sindicalização em massa dos trabalhadores e advertia: “Não basta, porém, a sindicalização das classes trabalhadoras: ela deve ser completada pela sadia organização sindical”.

Daí a importância de elegermos nas próximas eleições um presidente com esse perfil, de defensor da classe trabalhadora e de suas entidades representativas – sindicatos, federações, confederações e centrais. Um presidente que tenha como compromisso a revogação da reforma trabalhista e de tudo de ruim que essa malfadada lei vem causando aos trabalhadores brasileiros.

Não vote naqueles deputados e senadores que votaram a favor da terceirização e da reforma trabalhista. E pense bem nisso na hora de votar: trabalhador vota em trabalhador.

 

Carlos Dionísio de Morais, advogado trabalhista e juiz classista aposentado da Justiça do Trabalho, é presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Taubaté e Região.

 

 

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