A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizou no dia 7 de julho, audiência pública que debateu a venda da Liquigás Distribuidora S.A, subsidiária integral de capital fechado da Petrobras que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás de cozinha (GLP).

A Liquigás é uma empresa pública altamente rentável que traz benefícios para a população, ao controlar o valor final do preço do produto e inibir a cartelização na venda do gás de cozinha. Detém 21,86% do mercado de GLP no país. É líder no mercado de botijões de 13 kg, os mais usados em residências para o cozimento de alimentos.

Desde o começo do ano, são veiculadas informações pela mídia, segundo as quais “a venda da Liquigás está sendo avaliada entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão”. Oficialmente em 15 de junho deste ano, no site da Petrobrás, foi divulgada nota que informa: “Iniciamos o processo competitivo para a venda da Liquigás Distribuidora S.A”.

Nosso representante na audiência, o companheiro Wagner Silva, da Federação dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo no estado de São Paulo (FEPETROL-SP), questionou os valores veiculados pelos jornais, pois não há como justificar a venda de uma empresa por valores tão baixos, sendo que, só de Botijões de 13 quilos no mercado, ela possui 24,9 milhões de unidades com a marca Liquigás, e cada botijão custa em média R$ 100. Isso significa que a companhia possui um “Capital de Giro” de aproximadamente R$ 2,5 bilhões.

Vender a Liquigás trará incertezas para os mais de 3 mil empregados. É necessária a intensa mobilização para esclarecer à sociedade sobre a importância de ter uma empresa pública do porte da Liquigás participando do envasamento, distribuição e venda. Devemos nos mobilizar como trabalhadores e buscar conscientizar as pessoas.
Por: Assessoria de imprensa