SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Crise? Os empresários do setor precisam arranjar outra desculpa

A crise que atingiu o mercado financeiro mundial é real. Houve quebradeira em bancos americanos, montadoras de automóveis no Japão e Estados Unidos anunciaram demissões entre outras consequências.
E o que vemos aqui no Brasil? Nenhum banco quebrou, nenhuma empresa faliu. O que se viu foi muitos empresários usarem a crise como desculpa para ?enxugar? as despesas sem sofrer censura da opinião pública.
O setor de comércio de combustíveis e lubrificantes no Brasil sempre foi rentável, haja visto que as maiores transações de compra e venda de empresas se deram nesse setor. No ano de 2007 o grupo Ultra comprou a Ipiranga e recentemente a Texaco, a Cosan ? gigante do setor lucroalcooleiro – comprou a Esso.
Empresas como AleSat, Air BP, Toltal Lubrificantes e Repsol tiveram faturamento recorde e consolidaramse no mercado, sem contar a Áster e Petronova que só nesse ano triplicaram o seu faturamento.
Na revista BR de dezembro 2008 o presidente José Eduardo Dutra anunciou o lucro recorde da Cia. no período de janeiro a setembro/08, de R$ 1,028 bilhão, 49,2% maior que no mesmo período de 2007. O negócio está indo tão bem que ?sobrou? o suficiente para a distribuidora criar uma nova empresa chamada Alvo. Ou seja, a argumentação dos empresários citando a crise e o suposto desaquecimento da economia não passa de um verdadeiro terrorismo que não reflete a realidade vivenciada pelas distribuidoras de petróleo em 2008.
As empresas do setor tiveram lucros recordes no ano passado e não podem vir com choradeira na hora de dividir os lucros com os trabalhadores, verdadeiros responsáveis pelos recordes de produção e vendas.
Com a nossa economia forte para segurar essa crise, os efeitos não justificam a choradeira dos discursos, que já começaram.
Essa crise econômica mundial está sendo considerada a mais séria desde 1929. Por outro lado, o Brasil nunca esteve tão bem estruturado para suportar um período de turbulência econômica. Riscos como moratória e recessão econômica simplesmente não estão sendo cogitados. Enquanto Japão, Europa e EUA começam a entrar em recessão, estamos crescendo 5% esse ano e com projeção para 2009 de pelo menos 3%. Economicamente, os últimos anos estão sendo muito bons para o Brasil.
Por: José Floriano da Rocha

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