A Ultrapar registrou lucro líquido consolidado de R$ 93 milhões no segundo trimestre deste ano, o que representa baixa de 15% em relação ao resultado apurado de abril a junho de 2008, que somou R$ 110 milhões. No acumulado do primeiro semestre, o ganhio líquido caiu 8%, ao passar de R$ 200 milhões na primeira metade de 2008 para R$ 184 milhões em igual período deste ano.

A empresa afirma que o recuo do lucro no período está relacionado ao aumento do endividamento após a liquidação financeira da compra dos negócios de distribuição da Texaco no Brasil, transação na qual foram desembolsados R$ 1,106 bilhão.

A empresa, que controla Ultragaz, Ipiranga, Oxiteno e Ultracargo, registrou receita líquida 38% maior na comparação entre o segundo trimestre deste ano e de 2008, somando R$ 9,622 bilhões. No período de janeiro a junho, o total chegou a R$ 16 bilhões, com aumento de 24% ante a primeira metade do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) alcançou R$ 321 milhões, com expansão de 28% ante o segundo trimestre de 2008. No semestre, a alta foi de 25%, levando a um resultado de R$ 595 milhões.

As despesas operacionais do grupo chegaram a R$ 480 milhões de abril a junho, com aumento de 44% em relação ao mesmo trimestre de 2008, também por efeito da aquisição da Texaco. No período semestral, o aumento foi de 25%, para R$ 833 milhões.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 87 milhões no trimestre, mais do que os R$ 75 milhões de despesa líquida registrada um ano antes. Isso se deve em grande parte ao aumento do endividamento líquido, que passou de R$ 421 milhões em junho de 2008, para R$ 2,352 bilhões neste ano.

Os investimentos totais no período alcançaram R$ 139 milhões, a maior parte na Ipiranga, que consumiu R$ 51 milhões, sobretudo na melhoria e abertura de novos postos.

Desdobrando o resultado operacional de cada um dos negócios, a distribuição da Ultragaz caiu 3% no segundo trimestre para 401 mil toneladas. A receita líquida no período aumentou 1% e somou R$ 863 milhões. No caso da Ipiranga, a receita somou R$ 8,213 bilhões, com aumento de 47% . O volume distribuído também foi 51% maior, para um total de 4,635 milhões de metros cúbicos de combustível.

Desconsiderando o efeito Texaco, o volume ficou estável, em 3 milhões de metros cúbicos, e a receita diminuiu 3%, totalizando R$ 5,429 bilhões. A Oxiteno, por sua vez, registrou aumento de 10% no volume distribuído de produtos químicos, com um total de 160 mil toneladas. A receita líquida subiu 6% e atingiu R$ 473 milhões.

O volume de transporte da Ultracargo teve um salto de 67% nos trimestres comparados e somou 491 mil metros cúbicos entre abril e junho deste ano. Já a receita subiu 35% e fechou o segundo trimestre em R$ 88 milhões.

(Valor Online)
Por: O Globo