No dia 22 de Março, comemora-se o dia Mundial da Água, tema que neste mês mobilizou tanto a sociedade quanto o governo, ambos interessados em divulgar os eventos e ampliar discussões em torno dos recursos hídricos do País. Para cumprir tais objetivos, a Agência Nacional de Águas (ANA) criou o ?Águas de Março?, espaço que divulga importantes temáticas sobre esse assunto.

A data foi escolhida e instituída em 1992 durante a conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco 92), no Rio de Janeiro, e tem como objetivo estimular as reflexões sobre a situação dos recursos hídricos, sensibilizar os segmentos sociais, além de estimular a execução de medidas práticas para a conservação deste recurso.

Ultimamente, diversos são os noticiários, artigos e demais formas de publicações que fazem referência à escassez da água. Entretanto, existem áreas com abundância em termos quantitativos de água. Então, por que se fala tanto em escassez?

Antes de iniciar essa reflexão, é necessário esclarecer que o termo escassez, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), está relacionado ao desequilíbrio entre a disponibilidade e demanda, ou seja, refere-se à qualidade da água. Assim, sob este ponto de vista, podemos entender o real contexto da escassez, pois se considerarmos a perda constante e significativa das matas ciliares ? protetoras de rios e nascentes-, a degradação do solo, a densa urbanização e a contínua abertura de fronteiras agrícolas, é possível visualizar que estamos trilhando um caminho cuja conseqüência é, indubitavelmente, a falta d?água.

Porém, deve-se destacar que existem diversas maneiras de se buscar o equilíbrio e reverter o atual quadro.

Primeiramente, é necessário que participemos do atual sistema de gerenciamento de recursos hídricos, instituído através da Lei 9433/1997, cujo principio é a descentralização e a participação nos processos decisórios. É necessário também que
cobremos das autoridades o cumprimento da legislação, pois, é importante termos a lei como aliada e não como obstáculo.

Toda via, não devemos deixar de ressaltar a importância de políticas públicas que busque concretizar o desenvolvimento de forma sustentada e, por fim, é indispensável que cada indivíduo faça sua parte, Somente através dessas ações estaremos construindo
uma sociedade responsável e comprometida com a qualidade ambiental, pois não é mais possível falar em crescimento socioeconômico sem falar sobre o compromisso com a preservação dos recursos hídricos e com o meio ambiente.

Por: Magda Cristina V. Franco