Oito de Março – História, lutas e conquistas
O Oito de Março marca as lutas de todas as Mulheres e suas conquistas, foi oficializada pela ONU em 1975. A data é o momento de reconhecimento a todas as Mulheres que construíram e constroem, cada uma a seu tempo, a nossa história de igualdade.
Este é o nosso tempo, é o dia de estarmos nas ruas reafirmando nossas lutas e denunciando todas as formas de discriminação, violência e preconceito.
Acreditamos na força da nossa mobilização para mudar a vida das mulheres.
Neste oito de março de 2013 é importante que se fortaleça o debate do empoderamento das mulheres no mundo sindical. E isto significa falar na participação e na representação nos espaços de poder do movimento sindical.
A luta da paridade não é para estar nos espaços de poder por uma questão de status, mas sim porque estamos convencidas que somente através deste empoderamento conseguiremos avançar na nossa pauta laboral:
– Igualdade de oportunidade;
– Igualdade salarial;
– Creche para os/as filhos/as dos/as trabalhadores/as até 7 anos;
– Licença maternidade de, no mínimo, seis meses para o bem estar da criança;
– Licença Parental também para o bem estar das crianças;
– Ratificação da convenção que trata das Responsabilidades compartilhadas;
– Garantia de acompanhamento médico aos familiares ( filhos/as, companheiros/as);
– Garantia de inclusão de exames preventivos de câncer de mama, útero e próstata nos exames periódicos, ou seja, durante a jornada de trabalho;
– Acesso a qualificação profissional;
Defendemos que a pauta que diz respeito à vida das mulheres repercuta no conjunto da sociedade e deva ser compromisso de todas e todos, mas sabemos que não o é.
Tem especial destaque o tema da violência, onde diferente do que é cotidianamente entendido é um tema que tem de fazer parte da pauta do movimento sindical. A violência doméstica é responsável pela ausência no trabalho de muitas mulheres e no consequente sofrimento dos/as filhas/os.
A garantia da conquista desta pauta é fruto de uma intensa mobilização e para que as mulheres venham participar das lutas da classe trabalhadora faz-se necessário que elas se vejam representadas, pois precisam se enxergar. E o movimento sindical tem rosto, corpo e perfil masculino, mesmo nas categorias onde a maioria são mulheres.
Avançar nas conquistas dos direitos das Mulheres é avançar na construção de uma sociedade socialmente justa e solidária e o caminho se fará com o empoderamento das Mulheres no movimento sindical através da participação das Direções em cargos de poder, nas mesas de negociação, na Direção de assembleias, nos comandos de greve. Somente assim a pauta das mulheres terá visibilidade.
Oito de março de 2013: mais um marco na luta das Mulheres pela construção da igualdade através do empoderamento da Mulher Trabalhadora no movimento sindical.
A Contracs tem compromisso com essa luta.
Por: Mara Feltes