SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Patrões apresentam proposta na 3ª rodada de reunião com Sindigás

Em continuidade às negociações com o SINDIGÁS (Sindicato Patronal que representa as empresas Butano, Copagaz, Liquigás, SHV, etc.), nos dias 28 e 29/09/2011 foi realizada em São Paulo a 3ª rodada de negociação para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2011-2012.
Ao final desta terceira reunião, os patrões apresentaram a seguinte proposta:
1) Reajuste salarial de 8,5% (oito e meio por cento);
2) PLR ? de 175% (cento e setenta e cinco por cento), a título de antecipação;
3) Vales-refeição diários no valor de R$ 19,00 (dezenove reais);
4) Cesta Básica e Cesta Extra (31/01/2012) de R$ 275,00 (duzentos e setenta e cinco reais);
5) Benefícios Sociais
 Prêmio Brigada de Incêndio R$ 86,00 (rejeitada)
 Auxílio ao Filho Excepcional R$ 650,00 (rejeitada)
 Auxílio Funeral R$ 3.000,00 (aceita)
 Auxílio Creche R$ 250,00 mensais, durante 1 ano. (aceita)
6) Renovação de todas as demais cláusulas constantes da C.C.T.
Como a proposta acima não atende as expectativas dos trabalhadores, os dirigentes sindicais presentes na reunião fizeram a seguinte contraproposta:
1) Reajuste salarial de 12% (doze por cento);
2) PLR ? de 280% (duzentos e oitenta por cento);
3) 30 (trinta) Vales-refeição no valor de R$ 22,00 (30 x 22,00 = R$ 570,00);
4) Cesta Básica Mensal e Cesta Extra (15/12/2011) no valor de R$ 330,00;
5) Vale Transporte em dinheiro;
6) Benefícios Sociais
 Prêmio Brigada de Incêndio R$ 115,00 (cento e quinze reais)
 Auxílio ao Filho Excepcional R$ 680,00 (seiscentos e oitenta reais)
 Renovação de todas as demais cláusulas constantes da C.C.T.
Uma nova rodada de negociação ficou agendada para o dia 18/10/2011, em São Paulo, capital.
As empresas de GLP são representadas pelo SINDIGÁS e desenvolvem negociações coletivas com todos os Sindicatos de trabalhadores do Brasil, com propostas semelhantes. Mesmo assim, quem dá a palavra final da aceitação ou não dos percentuais e valores propostos pelas empresas são os(as) trabalhadores(as).
Vivemos um momento de intensa negociação salarial em âmbito nacional, com greves nos correios, bancos, etc. Mas devemos fazer uma analise e comparação mais ampla, pois nossa C.C.T. tem aspectos diferenciados dessas categorias, mesmo nosso setor sendo sujeito ao controle de preços do Governo.
Lembramos que, os benefícios previstos na atual C.C.T. são frutos de muita luta dos(as) trabalhadores(as) e do Sindicato ao longo dos anos, inclusive com greves, mas para isso muitos perderam seus empregos e foram demitidos ao se exporem em prol do interesse coletivo. Pois desempenhamos um serviço essencial e ficamos obrigados a cumprir o regime de greve especial (Lei 7783/89), diferente de outras categorias.
Hoje, muitos entram pra categoria, usufruem os vários benefícios da Convenção COLETIVA de Trabalho, mas se fazem de espertos. Mesmo assim, é nosso dever continuar na luta para sempre estarmos melhorando as condições de trabalho, salários e benefícios. Gastamos tempo, raciocínio, recursos (daqueles que contribuem) pra negociar um acordo em busca do melhor.
Negociação é Assim! Tem debate, reivindicação, argumentação, rejeição, pressão, concessão até chegarmos num ponto de equilíbrio entre o capital e o trabalho, que atenda as necessidades dos(as) trabalhadores(as) e as possibilidades do empregador.
Sendo assim, companheiros(as), pedimos compreensão e reflexão para confiar em seu Sindicato, não nos julgue pela versão apresentada por terceiros, pois apesar de todas as artimanhas do patronato, os trabalhadores podem ter certeza que o nosso compromisso é seguir organizando a categoria em defesa dos seus direitos, pois o Sindicato é o único e legítimo representante dos trabalhadores (as).

Por: Diretoria

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