A Petrobras Distribuidora parou de recolher as contribuições confederativas para o sindicato a partir do mês de dezembro/2016, alegando que somente o faria após o fechamento do termo aditivo ACT 2015/2017.

Se o acordo tem validade de dois anos e a cláusula que versa sobre as contribuições dos trabalhadores ao sindicato não faria parte deste termo aditivo, por que esta atitude da Cia?

Podemos analisar desta forma. O Sipetrol não participou de nenhuma aventura convocada pelo WhatsApp. Com isso, afirmo que os trabalhadores que contribuíram foram heróis, pois lutavam por uma causa nobre.

Entretanto, por que o Sipetrol não agiu? Porque, sabíamos o desfecho: a punição de todos os trabalhadores que participaram e não obtiveram nenhum ganho.

Como imaginávamos, é simples. Todo movimento tem que ter liderança, não saímos atrás do estouro da boiada sem objetivos concretos, meios para atingi-los e não descartamos a necessidade de repensar todo processo, caso seja preciso.

Considerando tudo isso que foi feito, há de se pensar de onde veio a mensagem inicial incitando o movimento. Será que não veio da própria direção da empresa usando pessoas “bem intencionadas”?

Com essa atitude, o Sipetrol tornou-se o único sindicato da nossa categoria com o real poder de fogo nas negociações do termo aditivo. Os demais estavam preocupados com as punições e ainda existem aqueles que historicamente não têm poder de mobilização.

Mas para azar da Cia, somente um terço das contribuições deixou de entrar nos cofres do sindicato, uma vez que dois terços são sindicalizados.

Não devemos nos intimidar com essa postura da empresa e, em oficio do dia 11 de janeiro de 2017, já tínhamos avisado a BR sobre o protesto programado para o dia 18/01/2017, caso a empresa não revisasse dois pontos de sua proposta:

– Redução do valor das horas extras;
– Redução da jornada de trabalho com redução da remuneração;
A empresa prometeu uma nova contraproposta e sabemos qual foi o resultado.

O Sipetrol é um sindicato de luta extremamente necessário neste momento de turbulência que estamos enfrentando.

Não podemos ficar nas mãos daqueles que nos oprimem, quem ainda não é sócio filie-se ao sindicato, pois este é a única entidade de classe que realmente luta pelos trabalhadores. Não existe mais espaço para aqueles que ficam esperando a coisa acontecer, agora é tudo ou nada na luta pelas conquistas de nossa categoria.
Por: Marcos Creque