Todo o sistema Petrobrás vai parar na manhã da próxima quinta-feira (22). Petroleiros em todo o país irão suspender as atividades pela manhã e, depois, estarão presentes nas marchas e atos neste Dia de Paralisação e Mobilização Rumo à Greve Geral e Por Nenhum direito a menos.

Razões não faltam para o ramo engrossar as manifestações. Após pressionar o Congresso e conseguir a suspensão temporário da votação que poderia definir a entrega do pré-sal, os trabalhadores agora enfrentarão a truculência da Petrobrás sob gestão golpista.

A redução de investimentos na empresa imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer atinge também os petroleiros, que ouviram do governo uma proposta de congelamento do salário-base, redução de hora extra e retirada do auxílio-almoço.

Para o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel, a categoria tem motivos de sobra para responder ao chamado da CUT por uma paralisação em defesa da classe trabalhadora.

“Primeiro, a democracia foi raptada e é algo fundamental para nós. Segundo, temos resistido a entrega que tem sido feito da nossa empresa. Já foi vendida a área de Carcará à Statoil e foi anunciada a entrega da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), uma malha de gás importantíssima”, falou.

Mas, na prática, como isso afeta a população? Rangel explica o tamanho do prejuízo. “A negociação da NTS traz possibilidades reais de aumentar o valor do gás no país. Sem controle de áreas fundamentais, quem perde é o país. Só nós mesmos somos capazes de defender nossas riquezas”, ressaltou Zé Maria.
Por: CUT