O SIPETROL-SP – juntamente com a FEPETROL e outros sindicatos filiados – se reuniu nesta quinta-feira, 06/02, com o SINDICOM para discutir a nova Convenção Coletiva dos Trabalhadores (CCT).

Como já evidenciado em negociações anteriores, a dificuldade dos empresários em partilhar das conquistas das empresas – que são fruto do suor dos trabalhadores – é gigante.

Por parte do patronal, as propostas desta vez foram praticamente as mesmas de rodadas anteriores. O SINDICOM apresentou apenas a reposição do INPC do período (4,77%) nas cláusulas mais significativas.

Além de não contemplar a inflação do período, o valor do abono é menor do que o apresentado em 2024, que foi de R$4.250,00.

Naturalmente, a proposta foi considerada insuficiente pelos representantes dos trabalhadores, que apresentaram uma contraproposta e pedem nova reunião.

Entretanto, o representante patronal resiste em agendar uma nova rodada de negociações.

PERDAS POTENCIAIS PARA OS TRABALHADORES NA PROPOSTA DO SINDICOM:

• Vale-refeição: restrição do benefício apenas aos dias efetivamente trabalhados.
• Benefícios para filhos excepcionais: alterações desfavoráveis nos pagamentos.
• Trabalho em domingos e feriados: permissão ampliada para atividades operacionais e de apoio, mesmo em locais administrativos.
• Reajuste salarial: tentativa de reduzir o número de trabalhadores abrangidos pela cláusula salarial, diminuindo o valor de referência no teto de beneficiados.
• Abono salarial: congelamento do teto para o recebimento do abono salarial.
• Restrições: manutenção de restrições e condicionantes a outros benefícios.

Proposta patronal tem impacto negativo direto nos direitos da categoria

O SINDICOM persiste em promover uma proposta prejudicial aos trabalhadores, negligenciando soluções para suas perdas e ameaçando seus direitos históricos.

Em vez de abordar as perdas dos trabalhadores com soluções eficazes, o SINDICOM continua a insistir numa contraproposta que põe em risco conquistas históricas.

Apesar de ter reconsiderado algumas alterações inicialmente propostas, como a troca de feriados, benefícios flexíveis e indenização em casos de demissão, a organização mantém sua posição em relação a outros pontos cruciais que afetam o dia a dia dos trabalhadores.

Apenas a participação dos trabalhadores pode garantir a vitória

Diante desse cenário, é importantíssimo que os trabalhadores se unam e participem da luta. Através de uma negociação coletiva forte e da mobilização, é possível resistir a essas investidas e buscar alternativas que garantam a manutenção dos direitos e a valorização dos trabalhadores.

Uma estratégia de negociação focada em demonstrar o impacto negativo dessas medidas na vida dos trabalhadores, aliada à pressão da categoria e o diálogo com a sociedade pode ser o caminho para reverter essa situação e construir um futuro mais justo para todos.

VEJA ABAIXO A PROPOSTA DO SINDICOM E A CONTRAPROPOSTA DOS TRABALHADORES