
Pré-pauta unificada das distribuidoras de petróleo foi entregue ao SINDICOM
Companheiros e companheiras das distribuidoras de petróleo, nossa mobilização será de fundamental importância para a manutenção e conquistas de [...]
Sindicatos que renegociaram os salários dos trabalhadores que representam nos últimos dois meses conquistaram aumentos acima da inflação, realimentando pressões sobre os preços num momento em que o Banco Central decidiu reduzir os juros, principal instrumento de que dispõe para conter a inflação.
Mas os aumentos foram menos generosos do que os obtidos em 2010 e do que os alcançados por sindicatos que negociaram no primeiro semestre, num sinal de que a inflação mais alta e o esfriamento da economia tornaram mais difíceis as discussões.
Levantamento da Folha com 18 sindicatos com data-base no segundo semestre e que já concluíram a negociação revela que todos conseguiram reajustes reais (acima da inflação).
Mas os aumentos alcançados pela maioria foram inferiores aos de 2010. No primeiro semestre, a maioria dos 87 sindicatos ouvidos pela Folha obteve ganhos reais superiores aos do ano anterior.
“O mais significativo é que os sindicatos continuam com reajustes superiores à inflação. A magnitude dos aumentos é menor porque reflete expectativas de menor crescimento”, diz o economista Aloisio Buoro, do Insper.
Mas concessões feitas por importantes empresas em negociações recentes confirmam que o aquecimento do mercado de trabalho, que aumenta a demanda por mão de obra, tem reforçado o poder de barganha.
A mineradora Vale vai pagar quase dois salários extras para os trabalhadores que se comprometerem a ficar na empresa nos próximos dois anos. No Paraná, os metalúrgicos da Renault garantiram reajuste real até 2013.
Segundo economistas, esses acordos representam risco para a aposta do BC de que a inflação recuará em 2012, mesmo com juros em queda.
O órgão reduziu a Selic de 12,5% para 12% na semana passada. Críticos argumentam que a pressão inflacionária segue forte, entre outros fatores, porque o mercado de trabalho está aquecido.
“Nos próximos anos o crescimento se manterá próximo de 4% e a economia perto do pleno emprego”, diz Sérgio Vale, da consultoria MB Associados. “O resultado são salários reais crescendo com ameaça para a inflação.”
As obras para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, além do aumento do salário mínimo definido para o ano que vem, reforçam o poder de compra dos trabalhadores.
O economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, pondera que os reajustes estão “descolados” da previsão de crise externa. E, por isso, vão perder fôlego.
Pelo menos na indústria alguns sinais começam a aparecer. Volkswagen e Ford decidiram parar a produção por alguns dias em setembro por excesso de estoques.
Por: ÉRICA FRAGA MARIANA CARNEIRO MARIANA SCHREIBER / Folha de S. Paulo
Companheiros e companheiras das distribuidoras de petróleo, nossa mobilização será de fundamental importância para a manutenção e conquistas de [...]
Serão renovadas automaticamente as demais cláusulas da convenção coletiva anterior, corrigindo aquelas com valor econômico em 10,42%.