SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Sindicom propõe só 2,8% e o fim do abono especial

No dia 13 de dezembro foi realizada mais uma rodada de negociação salarial com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes).
Numa postura absolutamente arrogante e desrespeitosa, a bancada patronal nos apresentou uma proposta de 2,8% de reajuste para salários e benefícios (para quem ganha até R$ 5 mil), o que não repõe nem a inflação oficial do período.
Propôs ainda outros absurdos. Veja abaixo:
– Trocar o abono especial por uma cesta básica, mas só para quem ganha até R$ 2 mil
– Trabalho de carga e descarga em domingos e feriados sem hora extra
– Redução do piso salarial nas jornadas inferiores à normal
– NÃO à todas as demais reivindicações dos trabalhadores

A proposta foi prontamente rejeitada. Nossa contraproposta é de 6,9% de reajuste, cesta básica de R$ 180,00 e manutenção dos demais benefícios.
Com essa proposta vergonhosa, o Sindicom mais uma vez demonstrou o seu total desprezo pelos trabalhadores das maiores empresas do mundo.
Continuam insistindo em reduzir os salários para jornadas de 25 horas/semanais, o que é intolerável porque além de reduzir os salários, tal medida provoca divisão entre trabalhadores. Querem empurrar uma cesta básica de valor insuficiente em troca do abono para trabalhadores que ganham até R$ 2 mil. ?Isto é um absurdo porque reduz o número de trabalhadores contemplados pelo benefício e ainda querem nos tirar uma cláusula já consagrada, que é o abono especial?, afirma Valdenir da Cruz Santos, que participa da CNU (Comissão Negocial Unificada) pelo Sipetrol ao lado de representantes do Sitramico (RJ) e (RS).
Segundo Valdenir, a CNU, que representa mais de 70% da categoria, decidiu que não se dobrará diante da intransigência do Sindicom e vai realizar diversas paralisações relâmpago nas bases até que os patrões resolvam tratar os trabalhadores com dignidade.
Já foram realizadas duas paralisações no RJ: uma de 2 horas na fábrica da Esso no último dia 7 de dezembro e outra na Ipiranga no dia 14, durante a festa de final de ano da empresa.
?A escolha da Ipiranga não foi por acaso. Ela foi a empresa que mais cresceu no setor e tem a presidência do Sindicom, na pessoa do Sr. João Pedro Gouveia, que lá estava e ouviu em alto e bom som nosso protesto?, relata Valdenir.
A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 20 de dezembro. ?Esperamos que o Sindicom mude sua forma reacionária e intransigente de negociar e também que os trabalhadores reconheçam que é importante a participação de todos na campanha. Só a mobilização pode romper com a intransigência do Sindicom. Temos de mudar a realidade perversa onde ?o lucro é sempre deles e o trabalho com salários minguados é nosso??, conclui Valdenir.

Por: Assessoria de Imprensa

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