SINDICATO DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE MINÉRIOS E DERIVADOS DE PETRÓLEO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Sipetrol participa de ato na Avenida Paulista

Centrais sindicais convocaram hoje (16) atos para pedir a manutenção de direitos trabalhistas. O Sipetrol participou com a presença de diversos membros da diretoria.

Após pouco mais de duas horas, a manifestação convocada pelas centrais sindicais para protestar contra perdas de direitos trabalhistas terminou na Avenida Paulista. Os militantes se concentraram em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com balões, bandeiras e carros de som. Protestos semelhantes foram organizados em outras capitais

A ideia inicial era fazer uma passeata até o escritório da Presidência da República em São Paulo, próximo ao fim da avenida. No entanto, o ato acabou apenas permanecendo no local, ocupando os dois sentidos da via. Um grupo de manifestantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil chegou a ir ao prédio do Banco Central, a dois quarteirões do local do início do protesto.

A Fiesp foi escolhida pelas centrais por causa da campanha feita pela entidade contra o aumento dos impostos, que tinha um pato como símbolo, e as declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, em defesa da flexibilização da jornada de trabalho.

“Assim como a Fiesp disse que não ia pagar o pato, os trabalhadores também não vão”, disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre. “[Os trabalhadores] querem seus empregos e direitos garantidos”, acrescentou o líder sindical ao citar a reforma da Previdência e as privatizações.

Para Nobre, é necessário retomar a agenda de investimentos para induzir o crescimento econômico, voltando a gerar empregos e mantendo a renda dos assalariados. “O caminho do crescimento é melhorar a renda dos trabalhadores, retomar as grandes obras de infraestrutura e voltar a ter investimento. Por isso que nós estamos aqui na rua”.

As propostas de mudança no sistema de seguridade social foram criticadas pelo sindicalista. “As primeiras medidas foram no sentido de desestruturar a Previdência Social, que é defundamental importância, porque é ela que ampara os trabalhadores na ocasião da velhice, da viuvez”, disse.

Para Sérgio Nobre, o governo interino “não tem legitimidade para fazer qualquer tipo de reforma”.

Sobre privatizações de empresas públicas, como a venda de ativos da Petrobras, Nobre argumenta que significa “a entrega do patrimônio público do país”. “Depois de 20 anos, a gente achava que esse debate estava vencido no Brasil, a importância da empresa pública, que é patrimônio do povo brasileiro”.

União

Apesar de parte dos dirigentes da Força Sindical apoiar o impedimento da presidenta afastada Dilma Rousseff, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as centrais estão unidas em torno de uma pauta comum. “Conseguimos retomar bandeiras unitárias dos trabalhadores, em relação à questão da Previdência, do emprego e do desenvolvimento do país. Nós conseguimos assim superar divergências políticas e partidárias, que também são importantes, mas nesse momento os trabalhadores querem os seus sindicatos lutando pelos seus direitos”, ressaltou.

Na avaliação de Juruna, as demonstrações pública de insatisfação popular serão fundamentais para evitar retrocessos em direitos conquistados. “Uma negociação só sai bem se houver mobilização. Por isso, é importante ir para a rua defender as suas bandeiras”.
Por: Assessoria de imprensa

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