Sistema PED apura taxa de 15,5% para desemprego metropolitano em 2007
A taxa média de desemprego metropolitano calculada pelo Sistema PED ficou, em 2007, em 15,5%, a menor apurada desde o início da série, em 1998. O dado é da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo DIEESE, em parceria com a Fundação Seade e instituições regionais, com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego. Em 2006 a taxa correspondia a 16,8%.
A população economicamente ativa atingiu, no conjunto das regiões pesquisadas – Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo -, em 2007, 19.370 mil pessoas com um crescimento de 374 mil pessoas em relação ao ano anterior. No ano, foram gerados 553 mil novos postos de trabalho, o que elevou o total de ocupados para 16.364 mil pessoas. Este movimento permitiu que o número de desempregados ficasse em 3.005 mil pessoas, em 2007, 180 mil a menos que no ano anterior.
A menor taxa de desemprego, dentre as regiões pesquisadas, foi apurada em Belo Horizonte (12,2%) e a maior em Salvador (21,7%). A região metropolitana mineira registrou também a maior queda na taxa de desemprego (de -11,6%) enquanto a menor ocorreu no Distrito Federal (-5,9%).
Dos 553 mil postos de trabalho gerados, a maior parte, em números absolutos, foi verificada no setor Serviços (316 mil). Com este incremento, o total de postos existentes neste setor correspondeu, em 2007, a 8.760 mil, no conjunto das regiões pesquisadas. A maior variação relativa ocorreu na Construção Civil, com 8,2%. Este desempenho foi registrado em todas as regiões acompanhadas, com destaque para Recife (10,9%). Por outro lado, a Indústria teve, neste conjunto de regiões, um desempenho mais modesto, com crescimento de 1,8%. Belo Horizonte foi o destaque positivo, com incremento de 9,8%, enquanto São Paulo teve retração de 0,3%.
Com relação à posição na ocupação, a PED apurou que foram gerados, em 2007, 443 mil empregos com carteira assinada, um crescimento de 6,7%, enquanto o assalariamento sem carteira registrou queda de 1,1%. Salvador foi a região que apresentou o maior crescimento relativo dos postos com vínculo formal de trabalho (12,5%), ao passo que o menor aumento ocorreu no Recife (2,4%).
O rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,3%, no conjunto de regiões, que assim passou a valer R$ 1.066. No caso dos assalariados, a elevação foi de 0,9%, correspondendo a R$ 1.142. O maior incremento ocorreu no Distrito Federal (5,7%) e em São Paulo houve relativa estabilidade (-0,3%).
Por: Dieese